Solteirões e encalhados não encham-se de esperanças, o título dessa matéria não é bem isso que vocês estão imaginando. "Marcha das Vadias" (SlutWalk) é uma manifestação que reuniu cerca de 300 pessoas contra o machismo e o desrespeito entre os gêneros. O movimento teve início em Toronto, no Canadá, após o pronunciamento de um policial, que fazia uma palestra devido a uma série de ataques sexuais na Universidade de Toronto. O policial disse para as mulheres pararem de usar roupas de prostitutas, para evitar estupros.
A manifestação que já aconteceu em Toronto, Los Angeles, Melbourne e até na capital dos hermanos, Buenos Aires, ganha força no mundo e é provável que chegue a mais de 50 cidades até o segundo semestre. Para a marcha no Brasil, foi criada uma página no Facebook chamada Slut Walk com mais de 6000 presenças confirmadas, onde está escrito: "Não é culpa dos nossos vestidos, salto alto, regatas, saias e afins que todos os dias mulheres são desrespeitadas e agredidas sexualmente, isso é culpa do machismo ainda muito presente na nossa sociedade".
Apesar de não ter sido exatamente esse o número de participantes que compareceram na Avenida Paulista, o que vale é a intenção e o apoio ao protesto.
Todo esse movimento me faz lembrar o famoso caso de machismo que a então estudante, Geyse Arruda, passou. Depois de ir com um vestido curto para a faculdade, Geyse foi xingada e humilhada, tendo que sair acompanhada por policiais e trajada de um jaleco, alegando ter sido a responsável por "fomentar" o sexismo nos seus colegas de faculdade. Depois de muita repercussão, até internacional, Geyse Arruda abandonou a faculdade para se tornar "famosa", participando de diversos programas de televisão e até ensaios para revistas masculinas. Por razões feministas, claro.
Por Tauã Miranda
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